FIPs serão liberados para o varejo? Conheça essa classe de fundos e entenda como ela pode apoiar sua estratégia
13 de outubro de 2025
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13 de outubro de 2025
Em breve, os investidores de varejo no Brasil podem ganhar acesso a uma estratégia sofisticada e que hoje é restrita a investidores qualificados e profissionais: os Fundos de Investimento em Participações (FIPs). Ainda não há decisão definitiva, mas a possibilidade está em processo de avaliação pelo órgão regulador do ambiente de investimentos no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No primeiro semestre de 2024, a autarquia chegou a realizar consulta pública para ouvir o mercado e preparar a modernização das regras. No processo, recebeu 27 contribuições de entidades, escritórios de advocacia e empresas do mercado de capitais. Agora, investidores e gestores aguardam a decisão da autarquia.
Uma estratégia de alto potencial de retorno
Os FIPs são fundos classificados como estruturados que reúnem recursos de investidores para comprar participações em empresas com potencial de crescimento, principalmente de capital fechado. O objetivo é aumentar o valor dessas companhias por meio de gestão ativa, implementação de boas práticas de governança e apoio estratégico.
Pelas regras da CVM, pelo menos 90% do capital do FIP deve ser investido em participação societária[1], seja em empresas abertas ou fechadas. É um investimento de longo prazo, em que o fundo atua diretamente na evolução das companhias, com influência relevante em suas decisões estratégicas.
Ainda que neste momento seja restrita a grandes investidores, a indústria de FIPs vem crescendo de forma acelerada. De acordo com relatório da Anbima, entre 2021 e 2024 o número de fundos ativos aumentou cerca de 44%, alcançando 1.875. No mesmo período, o patrimônio líquido praticamente dobrou e chegou à marca de R$ 1,1 trilhão[2].
Esse avanço mostra o apetite do mercado por instrumentos que permitem acessar empresas promissoras antes que elas cheguem à bolsa. É uma forma de diversificação que abre oportunidades únicas de multiplicar o capital.
Como incorporar FIPs à estratégia
Mas por que os FIPs importam para o investidor do varejo?
O atrativo central desses fundos é o potencial de rentabilidade. Mas essa vantagem vem acompanhada de características peculiares e riscos que exigem atenção por parte dos alocadores de capital.
Uma dessas característica é o desempenho que frequentemente se dá por meio da chamada “curva J”: no início do ciclo, o fundo costuma apresentar rentabilidade negativa, devido aos custos e ao tempo necessário para maturação das empresas investidas. Só depois vem a fase de valorização e retorno.
Outro ponto é a liquidez. Embora a CVM estude tornar obrigatória a listagem em bolsa para os FIPs acessíveis ao varejo, na regra atual a maioria ainda é negociada no mercado de balcão, sem marcação a mercado e com menor visibilidade de preços[1].
E, como todo investimento, é sempre importante lembrar que não se trata de uma alocação livre de riscos: os resultados, naturalmente, dependem do sucesso das empresas investidas e das condições de mercado.
Por tudo isso, os FIPs se encaixam melhor em estratégias de diversificação de longo prazo. Para quem busca criar um colchão de proteção ou reserva de emergência, produtos mais líquidos e simples podem ser mais adequados. Mas, hoje, para aqueles que podem investir no produto, já avançaram na construção da carteira e agora buscam melhorar o retorno ajustado ao risco por meio da combinação de alocações convencionais com investimentos alternativos, esses fundos podem apoiar de maneira importante a estratégia.
Versatilidade: do Venture Capital ao investimento em infraestrutura
É importante saber que os FIPs não são todos iguais. Pelo contrário: são instrumentos bastante versáteis, que permitem diferentes abordagens – nem sempre comparáveis entre si. Para trazer clareza, a CVM organiza esses fundos em quatro categorias, que definem sua forma de atuação e, atualmente, o público-alvo. São elas:
Como se vê, os FIPs podem abraçar estratégias distintas e potentes, como venture capital, private equity e infraestrutura, de modo a oferecer exposição a estágios diferentes do ciclo de vida de uma empresa.
O alto potencial de retorno decorre justamente desse acesso a oportunidades que normalmente não estão acessíveis ao investidor comum em classes de ativos convencionais!
Atenção ao papel do gestor
No universo dos FIPs, a experiência e a capacidade dos gestores são fatores determinantes. Esses profissionais, afinal, precisam acompanhar de perto a governança das companhias, participar de decisões estratégicas e planejar saídas via venda ou IPO, pois a concretização do retorno depende do momento do desinvestimento e das condições de mercado.
No mercado brasileiro, uma das gestoras com destaque nesse mercado é o Patria Investimentos, que já tem mais de três décadas de atuação, é referência em ativos alternativos na América Latina e conta com mais de R$ 200 bilhões sob gestão globalmente[3].
Dentro do seu portfólio, estão fundos como os FIP-IEs PICE11 e PIER11, que investem em ativos do setor de energia, mais especificamente nos subsetores de geração e transmissão de energia[4]. No final de julho de 2025, eles contavam, respectivamente, com mais de R$ 400 milhões e R$ 900 milhões em recursos sob gestão. De acordo com os relatórios de cada fundo, o retorno esperado do PIER11 é uma Taxa interna de Retorno (TIR) de IPCA + 9%[5], ao passo que do PICE11 é de IPCA 24,2%[6].
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como sendo solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos leitores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A decisão de investimento dos potenciais investidores é de sua exclusiva responsabilidade, de modo que se recomenda aos potenciais investidores que consultem, para considerar a tomada de decisão relativa ao investimento seus próprios objetivos de investimento e seus próprios consultores e assessores em matérias legais, regulatórias, tributárias, negociais, de investimentos, financeiras, até a extensão que julgarem necessária para formarem seu julgamento para o investimento, antes da tomada de decisão de investimento. Fundos de Investimento não contam com a Garantia do Administrador, do Gestor, de qualquer mecanismo de seguro, ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito – FGC. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.
[1] Investimento pode ser feito via ações, bônus de subscrição, debêntures simples, notas comerciais e outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas; títulos, contratos e valores mobiliários representativos de crédito ou participação em sociedades limitadas; cotas de outros FIP; e cotas de Fundos de Ações – Mercado de Acesso. Fonte: https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/fundos-de-investimento-em-participacoes-fip.htm
[4] Este material é meramente informativo e não considera os objetivos de investimentos, a situação financeira e/ou as necessidades individuais de um determinado grupo de investidores. Recomendamos a consulta de profissionais especializados para decisão de investimento.
Para saber mais
E aí, se interessou pelos FIPs? Se quiser saber mais sobre esse e outros investimentos alternativos para aprimorar a sua estratégia de diversificação, aqui vai a nossa sugestão: acompanhe a seção insights do site institucional do Patria, assim como seus canais no Instagram, Linkedin e Spotify! Você vai ficar por dentro de novas oportunidades de investimento para aperfeiçoar seu portfólio!
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