FI-Infra: como ter dividendos mensais e isenção fiscal investindo em infraestrutura?
03 de junho de 2025
03 de junho de 2025
Nos últimos dez anos, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) sacudiram o mercado de capitais brasileiro. Com o atrativo de oferecer rendimentos mensais e isenção de imposto de renda, multiplicaram o número de investidores em mais de 20 vezes e se tornaram uma das classes de ativos preferida no país.
Agora, outro investimento começa a ganhar força, com premissas bastante parecidas: são os Fundos de Infraestutura (FI-Infra), um tipo de fundo negociado na bolsa de valores local, a B3, apenas desde 2020.
Os FI-Infra foram criados como um mecanismo para acelerar o desenvolvimento do setor de infraestrutura no país. Para isso, alocam recursos em papéis de projetos de áreas como energia, transportes, saneamento básico, telecomunicações e logística – e atraem investidores com benefícios fiscais robustos.
Segundo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao menos 85% do patrimônio de cada fundo desse tipo deve ser investido em títulos de crédito privado com isenção de Imposto de Renda, como as debêntures incentivadas.
Geração de renda e ganho de capital
Os FI-Infra são abertos a todas as classes de investidores. Neles, é possível obter rentabilidade de duas formas: por meio do pagamento dos dividendos, que vem do retorno dos títulos de crédito privado investidos pelo fundo; e de eventual ganho de capital, que consiste na valorização da cota no mercado
Embora existam esses dois caminhos, os dividendos são, naturalmente, a estrela do show. Assim como nos FIIs, muitos gestores optam por distribuir os proventos mensalmente, já que esse modelo se mostrou eficaz em atrair investidores, especialmente os que estão em busca de renda passiva.
Outra similaridade com o primo do setor de real estate é que os dividendos são isentos de IR para os cotistas. O benefício fiscal, no entanto, é ainda mais amplo do que nos fundos imobiliários. No caso dos FI-Infra, a isenção abrange também o ganho de capital – diferente dos FIIs, cujo lucro com a valorização das cotas é taxado em 20%.
Crescimento e rentabilidade
Com essa proposta bastante atrativa, os FI-Infra vem ganhando destaque em 2024. Segundo um estudo elaborado em setembro pelo Valor Data, o retorno dessa classe de ativos tem superado outras estratégias relevantes no mercado[1].
Além de apresentarem bom retorno, os FI-Infra estão crescendo em quantidade e em patrimônio líquido. Em apenas dois anos, o total de fundos listados nessa categoria passou de dez para 25[2] – e as captações ficaram cada vez mais robustas. Juntos, eles já somam um PL de mais de R$ 12 bilhões¹.
FI-Infra de quem entende de infraestrutura
O Patria Investimentos é uma gestora global, com ampla experiencia em investimentos infraestrutura. Entre suas iniciativas na área estão a gestão de fundos como o Pier11 e o PICE11, que se enquadram na categoria de Fundos de investimento em Participação em Projetos de Infraestrutura (FIP-IEs), voltada a investidores qualificados.
Em novembro, ampliando sua presença no setor, o Patria lançou também um produto para o público em geral: o Patria FI-Infra, distribuído pelo Banco ABC e Oriz Partners e que tem a ambição de captar R$ 100 milhões.
O fundo busca gerar retornos de 0,5% a 1,5% maiores do que a NTN-B, título público indexado à inflação e prevê uma distribuição de dividendos de cerca de 1% ao mês, segundo os gestores[3].
De olhos nos ativos alternativos
Os ativos alternativos, como os FIIs, FI-Infra e muitos outros, são uma grande oportunidade para investidores que buscam diversificar e melhorar a relação entre risco e retorno da sua carteira. Para conhecer mais sobre esse universo, fique atento aos canais do Patria no Linkedin, Instagram e Spotify!
[1] Este material é meramente informativo e não considera os objetivos de investimentos, a situação financeira e/ou as necessidades individuais de um determinado grupo de investidores. Recomendamos a consulta de profissionais especializados para decisão de investimento.
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