Como usar ativos alternativos isentos de imposto de renda para diversificar
19 de novembro de 2024
19 de novembro de 2024
Os ativos com isenção de imposto de renda (IR) marcam cada vez mais presença na estratégia dos investidores no Brasil. De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), no primeiro semestre de 2024 os títulos de renda fixa com essa característica alcançaram a marca de R$ 1,1 trilhão, com crescimento de 7,3% sobre o fechamento de 2023[1].
A soma inclui investimentos tradicionais e bastante conhecidos no varejo, como Letras de Crédito Agrícola (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), e instrumentos que vêm ganhando espaço no mercado local, a exemplo de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio, LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) e debêntures incentivadas.
Embora esses títulos venham caindo cada vez mais no gosto do investidor, o que muitos não sabem é que eles não são os únicos a contar com a isenção de IR. O benefício fiscal, na verdade, se estende a investimentos fora da renda fixa, que têm o potencial de melhorar a diversificação e a relação risco versus retorno de uma carteira.
Para ampliar o conhecimento dos nossos seguidores sobre essas oportunidades, vamos apresentar na sequência três ativos alternativos isentos de IR que podem cumprir essa função[2]. Todos podem investir em títulos isentos com gestão profissional e portfólio diversificado, além de gerar retorno por outros meios e ainda assim entregar retorno com benefício fiscal.
1) Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)
Considerados a porta de entrada no mundo dos ativos alternativos, os FIIs formam um mercado robusto, com mais de R$ 188 bilhões em custódia na B3 e mais de 2,7 milhões de investidores[3].
Entre seus atrativos está a possibilidade de receber dividendos na conta todo mês – e com isenção de imposto de renda. O investidor ainda pode obter retorno por meio do ganho de capital, com a venda de cotas por um valor superior ao de compra. Esse mecanismo, no entanto, não conta com benefício fiscal.
Em 2024, com a aquisição total dos fundos imobiliários antes geridos pelo Credit Suisse Hedging Griffo e pela VBI Real Estate, o Patria se tornou uma das maiores gestoras de FIIs do Brasil, com mais de R$ 21 bilhões em ativos sob gestão no país.
2) Fundos de investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros)
Negociados na B3 desde 2021, os Fiagros são inspirados nos FIIs – com a diferença de que, em vez de focarem no desenvolvimento do mercado imobiliário, estão associados às cadeias agroindustriais.
Atualmente, existem três grandes categorias desses fundos: os que investem em ativos imobiliários, como imóveis rurais; os que investem em participações em sociedades que explorem atividades relacionadas à cadeia produtiva agroindustrial, como empresas agrícolas; e os que investem em direitos creditórios da agroindústria, por meio de instrumentos como os CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).
Todos têm um elemento fundamental em comum: o atrativo de viabilizar de forma desburocratizada o investimento no setor mais dinâmico da economia brasileira – e que representa quase 25% do PIB [i].
Além disso, assim como os fundos imobiliários, esses veículos dão ao investidor a possibilidade de receber rendimentos mensais e contam com isenção de IR, exceto para ganho de capital na venda de cotas.
No ano passado, o Patria lançou seu primeiro Fiagro, beneficiando-se da grande experiência no setor do agronegócio. O Patria Crédito Agrícola – FII (PAAG11) é focado em operações de securitização e dívida corporativa para empresas de porte médio.
3) Fundos de Investimento em Participação em Projetos de Infraestrutura (FIPs-IEs)
Os FIPs-IEs captam recursos de investidores para aplicar em setores essenciais para a humanidade, como energia, transporte, irrigação, água e saneamento. Por regra, devem investir pelo menos 90% do patrimônio em ações e títulos de empresas que desenvolvem projetos de infraestrutura.
Uma das características principais dos FIPs-IE é que seus gestores participam ativamente da gestão das empresas investidas, buscando influenciar na tomada de decisão e garantir o sucesso dos projetos.
Entre os fatores que mais atraem os investidores para os FIPs-IEs está a isenção completa de imposto de renda – já que os fundos têm alíquota zero tanto sobre os rendimentos como sobre o ganho de capital para pessoas físicas.
Além disso, os FIPs-IE oferecem a segurança de contar com um gestor profissional, a vantagem de diversificar o risco do portfólio entre vários projetos e a possibilidade de investir em um setor estratégico para o crescimento do país com um ticket acessível.
No Patria, contamos com fundos como o PICE11 e o PIER11, que investem em ativos do setor de energia, mais especificamente dos subsetores de geração e transmissão de energia. A tese de investimento leva em conta fatores como o ambiente regulatório estável e os contratos de longo prazo do setor, que permitem maior previsibilidade na receita e, portanto, distribuição de resultado recorrente[4].
4) Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra)
Assim como os FIP-IEs, os FI-Infra são veículos de investimento voltados para o financiamento de projetos de infraestrutura, com cotas negociadas em bolsa e isenção de imposto de renda tanto para dividendos como para ganho de capital.
Sua estratégia, contudo, é diferente: em vez alocar recursos em participações societárias, concentra-se em papéis de crédito privado associados a projetos do setor, como as debêntures incentivadas e outros títulos.
Expertise em ativos alternativos
O Patria é uma gestora de investimentos especializada em ativos alternativos com mais de 40 bilhões de dólares sob gestão[5]. Por isso, atua em diversos mercados, como os de private equity, crédito, real estate, public equity e muito mais.
Se você tem interesse em saber mais sobre esses mercados e como podem beneficiar a sua estratégia de investimentos, fique atento ao nosso site e à seção Insights do nosso site para conhecer mais informações sobre o tema.
Leia também:
· Ativos Alternativos: o que são e o que podem fazer pela sua estratégia de investimentos
· Como a transição energética traz oportunidades únicas para o investidor
· Como diversificar no mercado de FIIs
[1] https://www.anbima.com.br/pt_br/noticias/puxados-pelo-varejo-investimentos-dos-brasileiros-crescem-7-6-e-fecham-o-1-semestre-em-r-7-trilhoes.htm
[2] Este material é meramente informativo e não considera os objetivos de investimentos, a situação financeira e/ou as necessidades individuais de um determinado grupo de investidores. Recomendamos a consulta de profissionais especializados para decisão de investimento.
[3] https://www.b3.com.br/data/files/7B/24/5B/04/39E21910812F0F09AC094EA8/Boletim%20FII%20-%2007M24.pdf
[4] Nota: Recomendamos a inclusão do disclaimer: “Recomendamos a consulta de profissionais especializados para decisão de investimento, estes fundos não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito FGC"
[5] https://ir.patria.com/static-files/9142db4c-4961-493d-9cb8-249e8e7daf4f
[i] https://inteligenciafinanceira.com.br/mercado-financeiro/negocios/o-que-e-agronegocio/