6 Tipos de Fundos de crédito para você diversificar os investimentos
22 de maio de 2025
22 de maio de 2025
Os números não deixam dúvida: 2024 foi, de forma categórica, o ano do crédito privado. E não deve parar por aí: esperamos que a tendência se mantenha agora em 2025 também. Com os investidores buscando um portfólio cada vez mais diversificado e capaz de entregar retornos que superem os títulos públicos, as empresas encontraram um ambiente favorável para realizar novas emissões e melhorar o perfil da sua dívida.
Até o fechamento de dezembro de 2024, as companhias emitiram R$ 776,2 bilhões em crédito privado, através de instrumentos como debêntures, CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). Esse volume significa 70% de crescimento vs. 2023, atingindo assim um recorde anual histórico nas captações via mercado de capitais[1].
E não para por aí: Além do crescimento robusto na oferta, a alta na demanda foi ainda maior, o que fez com que os títulos negociados no mercado primário fossem cada vez mais disputados – a ponto de pressionar momentaneamente os retornos oferecidos por eles.
Mas, por que, afinal, investir em crédito privado?
Como se sabe no mercado, uma das principais características dessa classe de ativos é capacidade de combinar retornos atrativos com baixa volatilidade e maior previsibilidade - ao menos quando comparamos com os investimentos em renda variável.
Esses atributos estão ligados ao seu mecanismo de remuneração. Quando um investidor compra um título privado, ele empresta dinheiro para financiar uma empresa ou projeto em troca de uma rentabilidade pré-contratada, com data de vencimento e correção definidas.
Trata-se, portanto, de um investimento com muito menos incertezas do que no mercado de ações, por exemplo, em que a valorização de um papel depende da expectativa dos agentes econômicos sobre o desempenho operacional futuro da empresa - resultando em maior volatilidade.
Outro fator que impulsiona o interesse sobre o mercado de crédito é a rentabilidade elevada em cenários de taxa básica de juros em alta, como foi o caso em 2024 e como o mercado entende que será em 2025.
Uma das premissas dos títulos privados é que, para serem viáveis, eles precisam oferecer retornos superiores aos títulos públicos - já que o risco de emprestar dinheiro para empresas é maior do que emprestar para o governo. Assim, sempre que a Selic sobe, sobe também a remuneração dos títulos soberanos atrelados a ela e, como consequência, os papéis de crédito privado.
Por fim, vale destacar também que o mercado de crédito conta com uma indústria de fundos bastante robusta, que permite aos investidores alocarem recursos em carteiras muito mais diversificadas do que alguém poderia fazer individualmente – e ainda compostas por ativos analisados previamente por gestores profissionais.
Essas características resultam em melhoria da relação entre risco e retorno do portifólio e permitem explorar estratégias mais sofisticadas – desde crédito para grandes empresas consolidadas, até instrumentos de crédito mais estruturados e pulverizados.
Se você tem interesse em investir nessa classe de ativos para aprofundar sua estratégia de diversificação, vale a pena conhecer quais são os diferentes tipos de fundos de crédito e quais suas principais características.
Para facilitar, apresentaremos seis deles na sequência.
Fundos de Crédito Privado líquidos: são aqueles investem principalmente em uma cesta de títulos de dívida emitidos por empresas consolidadas, que são conhecidas pelo mercado, com suas debentures negociando milhões de reais todos os dias. Tipicamente, esses fundos investem em empresas high grade (baixo risco e baixo retorno) e costumam ter alta liquidez.
Fundos de crédito estruturado: São fundos que, além de investir em papéis disponíveis no mercado de capitais, podem também investir em títulos não sujeitos a oferta pública, por vezes participando da estruturação de crédito para empresas através dos mais diversos instrumentos (CRA, CRI, FIDCs, Debentures, entre outros). Na maioria dos casos, contam com menor liquidez e maior potencial de retorno. É o caso do Patria Crédito Estruturado 365, que conta com participação ativa de seu time de gestão na estruturação e no monitoramento de crédito, visando otimizar a relação risco vs. retorno dos investimentos. Você pode conhecer mais da estratégia e da carteira desse fundo aqui.
Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs): Tipicamente investem em títulos de crédito originados das contas a receber de uma empresa. Isso inclui duplicatas, recebíveis de cartões de créditos, aluguéis e demais formas que uma empresa tem para realizar o ingresso de receitas. Com a liberação do investimento nesses fundos para o público geral (apesar de ainda haver restrições, até o fim de 2023 era preciso ser investidor qualificado ou profissional para investir nesses fundos), os FIDCS registraram um crescimento expressivo no Patrimônio Líquido em 2024. O PL total saiu de R$ 444 bilhões na virada do ano para R$ 589 bilhões no fechamento de 2024, segundo dados da Anbima[2].
Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs): Entre as diversas estratégias disponíveis, os FIIs podem optar por investir em instrumentos de crédito, como CRIs e as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). Entre suas conveniências estão o fato de oferecerem aos investidores o pagamento em conta de rendimentos mensais – e ainda com isenção fiscal para pessoas físicas no pagamento de dividendos. Embora existam FIIs negociados em ambiente de balcão, a maioria dos principais fundos é listada em bolsa e conta com alta liquidez.
Fundos de investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros): Negociados na B3 desde 2021, os Fiagros são inspirados nos FIIs – com a diferença de que, em vez de focarem no desenvolvimento do mercado imobiliário, estão associados às cadeias agroindustriais. Parte desses fundos adota a estratégia de investir em direitos creditórios da agroindústria, por meio de instrumentos como os CRAs e as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). Os Fiagros também dão ao investidor a possibilidade de receber rendimentos mensais e contam com isenção de Imposto de Renda, exceto para ganho de capital na venda de cotas. No ano passado, o Patria lançou seu primeiro fundo desse tipo: o Patria Crédito Agrícola – FII (PAAG11), focado em operações de securitização e dívida corporativa para empresas de porte médio. Conheça aqui.
Investimentos alternativos com quem entende
O Patria é uma gestora de investimentos especializada em ativos alternativos com mais de 244 bilhões de reais sob gestão[3]. Assim, o Patria atua em diversos mercados, como os de Private Equity, Crédito, Real Estate, Ações Listadas e muito mais.
Se você tem interesse em saber mais sobre esses mercados e como podem beneficiar a sua estratégia de investimentos, fique atento ao nosso site e à seção Insights do nosso site para conhecer mais informações sobre o tema.
1 https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202501/ano-de-2024-fecha-com-crescimento-de-49-na-emissao-de-valores-mobiliarios
2 https://www.anbima.com.br/pt_br/informar/relatorios/fundos-de-investimento/boletim-de-fundos-de-investimentos/fundos-revertem-tendencia-e-fecham-2024-com-captacao-positiva-de-r-60-7-bilhoes.htm
3 https://ir.patria.com/static-files/9142db4c-4961-493d-9cb8-249e8e7daf4f
Este informativo não representa uma análise ou consultoria de valor mobiliário, nos termos da regulamentação em vigor, razão pela qual este informativo e as informações aqui contidas não devem ser levadas em consideração como aconselhamento financeiro, jurídico, contábil, tributário ou como recomendação de investimento. As informações prestadas têm finalidade exclusivamente informativa e não considera os objetivos de investimentos, a situação financeira e/ou as necessidades individuais de um determinado grupo de investidores. Recomendamos a consulta de profissionais especializados antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
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