Diversificando os investimentos: quando vale a pena abrir mão da liquidez?

Uma das regras de ouro do mundo dos investimentos é que a conveniência de adotar uma determinada estratégia nunca é absoluta: ela varia de acordo com o perfil, as necessidades e os objetivos de cada investidor.

Se você está habituado a investir, provavelmente já percebeu que essa característica adiciona uma camada de complexidade às tomadas de decisão. Nem tudo é preto no branco, certo ou errado – e isso eventualmente leva a escolhas contraintuitivas.

Um dos exemplos que ilustram com clareza essa situação é a análise sobre liquidez, como chamamos a facilidade de converter um ativo em dinheiro sem ter de arcar com uma perda expressiva de valor.  

Para quem está iniciando a sua acumulação de capital, a liquidez costuma ser um aspecto inegociável na formação da carteira, dado que a primeira camada dos investimentos geralmente serve como uma reserva de emergência em caso de imprevistos.

Já aqueles que constituíram o colchão de segurança e agora buscam construir um patrimônio robusto usualmente têm outra preocupação em vista: encontrar formas de melhorar a relação entre risco e retorno da carteira no longo prazo.

A resposta a esse desafio geralmente passa por levar a diversificação a um novo nível, inclusive alocando recursos em classes de ativos menos convencionais. É aí que entra um conceito importante e contraintuitivo: o “prêmio de iliquidez”.

Esse termo retrata uma espécie de recompensa: frequentemente, os investimentos que exigem períodos mais longos de permanência do capital geram retornos mais elevados para seus investidores.

Isso acontece, essencialmente, por conta de dois fatores:

• Para os emissores de dívida, é mais atrativo contar com um passivo estável e previsível ao longo do tempo. Logo, muitos deles aceitam pagar mais quando existe a contrapartida de maior período de permanência; 
   
• Para os gestores de fundos, o prazo prolongado para retirada dos recursos por parte dos investidores significa tempo e segurança para que eles executem estratégias mais sofisticadas, sem ficar à mercê da volatilidade do mercado e de ondas de resgates. Por isso, pode gerar resultados mais elevados.

Com relação ao investidor, os benefícios vão além de um maior potencial de retorno: a ausência de pressões de liquidez ajuda a tomar melhores decisões, já que os protege das emoções e de ações precipitadas, como a venda em momentos de pânico ou durante um estresse normal do mercado.

Por todas essas razões, abrir mão da liquidez é um recurso atrativo para quem já tem uma reserva de emergência e busca diversificar os investimentos com horizonte de longo prazo.

Quais classes de ativo oferecem prêmio de iliquidez?

Quem busca investimentos ilíquidos com maiores retornos encontra diversas oportunidades no campo dos ativos alternativos – aqueles que não se enquadram nas alocações convencionais, como títulos públicos, ações listadas na bolsa de valores e fundos tradicionais.

Entre as opções mais procuradas pelos investidores estão:

• Fundos de Private Equity: São veículos especializados em adquirir participações em empresas não listadas em bolsa. Sua estratégia é fornecer apoio financeiro e de gestão às companhias, para melhorar seus resultados e viabilizar, posteriormente, a sua venda ou abertura de capital – o que pode gerar lucros significativos. Geralmente, o capital do investidor precisa permanecer nesses fundos por alguns anos. No Patria, temos grande experiência nessa classe de ativos, com um track record de 28 anos e retornos acima da indústria global de Private Equity[1].

   

• Fundos de Crédito Estruturado: São veículos de investimento que captam recursos para financiar empresas ou projetos específicos. Para isso, além de investirem em papéis de dívida corporativa, fazem estruturação e originação de crédito diretamente para empresas, geralmente com garantias reais. É o que acontece, por exemplo, com o Patria Crédito Estruturado 365, um dos produtos do Patria Investimentos nesse segmento. Lançado em 2023, o fundo foca em operações de securitização e dívidas corporativas e conta uma liquidez de 365 dias[2]. 

   

• FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios): Investem principalmente em direitos creditórios, que são recebíveis originados de operações de crédito, como duplicatas, financiamentos e créditos comerciais. Os investidores do FIDC aplicam recursos para financiar esses recebíveis, e os retornos vêm dos pagamentos feitos pelos devedores, que incluem juros e o valor principal. No Patria, contamos, por exemplo, com o Patria Infra Crédito FIDC, que investe em recebíveis dos setores de energia, saneamento, logística e transporte, mobilidade urbana e telecomunicações[3].

A importância do bom gestor

Devido às suas peculiaridades, esses investimentos alternativos ilíquidos normalmente necessitam de uma gestão ativa, executada por profissionais especializados, como gestores de fundos altamente qualificados.

No Patria, contamos com larga experiência nessas classes de ativos. Somos uma gestora líder em Investimentos alternativos, com mais de 35 anos de história, especialista em setores-chave de alta resiliência.

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 1 https://ir.patria.com/static-files/d0f27425-1512-4c58-8cfa-5f954c747655

2 https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/67842f1d-b5a5-4146-bbbf-b08976d9889e/ddc6a8ef-6e97-a7f6-fbf3-bc5f958376d8?origin=1

3 https://capitalreset.uol.com.br/financas/investimentos/patria-atrai-bndes-para-fundo-bilionario-com-transicao-energetica-e-mobilidade-urbana-na-mira/